sábado, 13 de agosto de 2011

O CONFLITO ENTRE O PODER REAL E O PODER DOS DONATÁRIOS


Os governadores - gerais foram nomeados diretamente pelo monarca da metrópole, com atribuições de poder superior em relação aos donatários e aos colonos nas questões judiciárias e administrativas da colônia, além do comando de um poderio militar de alcance superior ao dos exércitos regionais. Apesar de representarem diretamente a Coroa, algumas capitanias relutaram em acatar a autoridade do governador-geral, tais como as de Porto Seguro, Espírito Santo, Ilhéus, São Vicente e Pernambuco. Esta última, de Duarte Coelho, foi a que mais se ressentiu da intromissão do governo-geral.
Ao longo do período em que vigorou a estrutura comandada por um governador-geral (também chamado de vice-rei, a partir do século XVIII), vários choques ocorreram entre o poder central e os poderes regionais, e tais choques resultavam das mais variadas controvérsias entre estes poderes.
O governo-geral pretende reforçar o apoio da Coroa aos donatários e colonos, principalmente no combate aos índios hostis, no desenvolvimento da agricultura e na defesa do território. Os donatários e colonos, contudo, veem a nomeação do governador-geral como uma ingerência indevida em suas capitanias. O conflito entre o poder real e o local se dá em torno de questões como a escravização indígena, a cobrança dos tributos reais e o controle das operações militares.

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