A Revolução de 1930 foi decisiva para a mudança de rumos da história brasileira. Ao afastar do poder os fazendeiros do café, que o vinham controlando desde o governo de Prudente de Morais, em 1894, construiu o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do país.
Houve uma ruptura das condições que permitia que a elite cafeeira participasse ativamente das decisões governamentais referentes ao conjunto da economia e da sociedade brasileiras. Até 1930, os impulsos industrialistas derivavam do desempenho das exportações agrícolas.
A partir de 1930, a indústria passa a ser o setor mais prestigiado da economia, concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados, notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, que, adicionado ao crescimento da população, proporciona uma maior oferta de mão-de-obra e o aumento do consumo.
Entre 1929 e 1937 a taxa de crescimento industrial foi da ordem de 50%, tendo-se verificado, no mesmo período, a criação de 12.232 novos estabelecimentos industriais no país.
Desse modo, independentemente das origens sociais e das motivações mais imediatas dos revolucionários, não há dúvida de que a Revolução de 1930 constituiu uma ruptura no processo histórico brasileiro.
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