Durante o Estado Novo houve forte intervenção do Estado no processo de industrialização privilegiando o desenvolvimento das indústrias de base (siderurgia/metalurgia). A intervenção do Estado procurava superar o impasse, gerado por uma extrema dependência do país às exportações de gêneros primários agudizado com a crise de 1929.
O Estado no pós-1930 (pós- Revolução de 1930) agia como um verdadeiro empresário, financiando diretamente o processo de industrialização e criando posições propícias para o empresariado nacional como, por exemplo, o estabelecimento de um maior controle sobre a força de trabalho, através da colocação em prática das leis trabalhistas.
A eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve efeitos favoráveis à política de industrialização em curso no Brasil, pois, "além de passarem a ter o mercado interno a seu inteiro dispor, muitas indústrias brasileiras viram-se chamadas a preencher o vácuo deixado, em outros países, pela perda de contato com os seus fornecedores tradicionais de produtos manufaturados. Assim, a exportação de tais artigos tornou-se, pela primeira vez, um item ponderável na pauta exportadora do país".
Consequentemente, os industriais, sobretudo do Rio de Janeiro e de São Paulo, puderam ampliar suas funções. O Estado encarregou-se de criar a infra-estrutura necessária. Através de empréstimos do Eximbank (banco semi-oficial norte-americano), Vargas obteve o empréstimo desejado para construir a Usina de Volta Redonda (1941). Os meios de transporte para alimentar a usina foram viabilizados: incrementou-se o transporte marítimo para trazer o carvão do sul (Santa Catarina); equipou-se a estrada de ferro Central do Brasil para transportar o minério extraído em Minas Gerais, onde foi criada a Companhia do Vale do Rio Doce (1942).
De acordo com o mesmo espírito nacionalista que presidiu a formação da indústria pesada no Brasil, o Estado interveio na formação do Conselho Nacional do Petróleo (1938), a fim de controlar o refinamento e a distribuição do combustível, essencial para assegurar o desenvolvimento dos transportes.
Fontes:
http://www.brasilescola.com/historiab/vargas.htm, por Rainer Sousa, Equipe Brasil Escola;
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