domingo, 10 de abril de 2011

A História da Colonização da África (parte 3)




A colonização francesa


Foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos na África, em 1624.  Mas não formaram verdadeiras colônias até ao Século XIX, limitando-se a traficar escravos para as suas colônias nas Caraíbas. No Oceano Índico, os franceses colonizaram a Île de Bourbon (atual Reunião), em 1664, Île Royale (atualmente Maurícia), em 1718 e as Seychelles, em 1756. Durante o reinado de Napoleão, o Egito foi também conquistado por um breve período, mas a dominação francesa nunca se estendeu para além da área imediatamente à volta do Nilo.
O verdadeiro interesse da França por África manifestou-se em 1830 com a invasão da Argélia e o estabelecimento de um protetorado na Tunísia, em 1881. Entretanto, expandiram-se para o interior e para sul, formando, em 1880, a colônia do Sudão Francês (atual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte do Norte da África e da África Ocidental  e Central. Em 1912, os franceses obrigaram o sultão de Marrocos a assinar o Tratado de Fez, tornando-se outro protetorado.
Foram os seguintes atuais países africanos que se tornaram independentes de França no Século XX entre os anos de 1956 e 1977: Marrocos, Tunísia, Guiné, Camarões, Togo, Senegal, Madagascar, Benim, Níger, Burkina Faso, Costa do Marfim, Chade, República Centro-Africana, República do Congo, Gabão, Mali, Mauritânia,  Argélia, Comores e Djibouti. Entretanto, vários territórios africanos continuam sob administração francesa, depois de vários referendos: a ilha de Mayotte, nas Comores; e a ilha da Reunião e várias outras ilhas que dependem administrativamente deste departamento ultramarino, mas que são reclamadas por Madagáscar e Maurícia.

A colonização britânica

No final do Século XVIII e meados do Século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim, tapetes e animais. Em consequência disso, os africanos ficam com o mercado dominado pelos interesses do Império Britânico. Para isso, os britânicos estabelecem novas colônias na costa e passam a implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou representantes da coroa inglesa. Os ingleses estabelecem territórios coloniais em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sudeste e no sul também do continente.Os atuais estados africanos que se tornaram independentes do Reino  Unido  entre os anos de 1910 e 1980 foram (por ordem cronológica): África do Sul, Egito, Sudão, Nigéria, Somália, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Quênia, Malawi, Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Maurícia, Suazilândia, Seychelles e Zimbabwe.
Os neerlandeses estabeleceram-se na litorânea Cidade do Cabo, na África do Sul, a partir de 1652 e dominaram o que antes de 1994 era a província do Cabo. Desenvolvem na região uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como africâner ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino Unido na Guerra dos Bôeres.
A Bélgica colonizou o Congo Belga (atual República Democrática do Congo).
A Espanha colonizou a Guiné Equatorial, o Saara Espanhol e o norte do atual Marrocos.
A Itália conquistou a Líbia, a Eritreia e a região autônoma da Somália; a Somalilândia ou Somália Italiana.
A Alemanha colonizou as regiões correspondentes aos atuais Togo, Camarões, Tanzânia (a parte continental ou Tanganica, Ruanda, Burundi e Namíbia.

Fonte: Wikipédia
 


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